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O governo Suéllen Rosim precisa explicar detalhadamente os custos e serviços previstos na concessão do lixo e da limpeza pública. O que tem chamado a atenção é que a tarifa do lixo será calculada em cima do consumo de água, o que deve aumentar a conta dos moradores de Bauru. Diferente da concessão do esgoto, que não usa o consumo de água como base, o projeto do lixo envolve o valor cobrado ao metro cúbico de água utilizado pelo consumidor.
Segundo o estudo de viabilidade, a tarifa do lixo deve corresponder a 40% do valor gasto com água. Em uma conta de R$ 60 de água, por exemplo, o morador pagaria R$ 24 de tarifa de lixo. No início do contrato, como a usina de tratamento ainda não estará pronta, será cobrado apenas 50% desse valor. Mas, com o sistema completo no quarto ano, o valor cheio passa a valer. O estudo também prevê que o custo por metro cúbico consumido deve dobrar: de R$ 1,34 para R$ 2,68.
A cobrança também desconsidera a produção real de lixo: quem consome mais água paga mais, mesmo que gere pouco resíduo. E o impacto pode ser ainda maior porque a troca dos hidrômetros, prevista na concessão do esgoto, já mostrou aumentar o consumo registrado em até 36% em alguns bairros. Ou seja, ao vincular água e lixo, a conta do bauruense deve ficar mais alta e garantir maior rentabilidade ao concessionário.